segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Provegan - Produtos veganos via correios



Um espaço para comprar sem receio de encontrar produtos ou ingredientes de origem animal. Na Provegan, sediada em Porto Alegre-RS, o consumidor tem acesso a dezenas de produtos veganos e a promessa é aumentar a variedade em breve. A Provegan envia as encomendas para todo Brasil, através dos Correios.


sábado, 29 de dezembro de 2012

Sorvete vegano




Ingredientes:
- 2 latas de leite condensado de soja
- 2 caixas de creme de leite de soja
- 1,5 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer:
Bater tudo no liquidificador por 3 minutos. Deixar gelar no freezer por algumas horas até endurecer; retirar e bater na batedeira por cerca de 5 minutos e recolocar no freezer até adquirir consistência.

Se quiser, pode-se manter a receita original e acrescentar outros ingredientes criando vários sabores. Quatro colheres de chocolate em pó nesta mistura também fica delicioso!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Povo evoluído é outra coisa...


Em Istambul, na Turquia, assim como em todos os países do mundo, há uma quantidade imensa de animais de rua. No entanto, percebe-se que os habitantes tem um diferencial: bondade. Recentemente foi criado, no entorno da cidade, instalações que permitem fornecer alimento e água 24 horas por dia a estes animais. Iniciativa bela que poderia ser copiada por outras nações...Já dizia Gandhi:

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados... "

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Aquários drenados, golfinhos jogados



Registrada pelo chinês Huang-Ju fotógrafo Chen, a foto não datada mostra um golfinho deitado no chão nu de um aquário no Japão, enquanto os trabalhadores limpam a sujeira.

"Fiquei chocado com a forma como o pessoal ignorou o golfinho e não parecem ter pressa para encher a piscina", disse Huang-Juto.


A prática da drenagem de tanques do aquário é aparentemente bastante comum.

"O que se vê nestas duas imagens e em outros vídeos, é a limpeza do tanque de rotina. Ele se passa em todos os 51 parques aquáticos de golfinhos no Japão, pelo menos uma vez por mês, às vezes duas vezes por mês no verão", diz o ativista Ric O'Barry.

O'Barry se refere a dois vídeos do YouTube de outras limpezas de tanques semelhantes, vistos aqui e aqui . "Isto se passa nos EUA, na Europa, e em outros lugares onde golfinhos são mantidos em tanques." 

Nas águas abertas do oceano sem fim, um golfinho livre e selvagem pode viver até 50 anos. Essa expectativa diminui absurdamente para um golfinho enjaulado que circula em seu tanque minúsculo sem propósito, muitas vezes a ponto de depressão e suicídio .



Mesmo nas maiores instalações de aquário, golfinhos em cativeiro têm acesso a menos de 1/10, 000 de 1 por cento (0.000001) da área de natação disponível para eles em seu ambiente natural.

Compare isso ao fato de que alguns grupos de golfinhos selvagens podem nadar até 100 km por dia em busca de comida, e você vai começar a entender porque prendendo-os em um tanque de cativeiro, seja ele um com água ou um onde a água é temporariamente drenada, nos leva a perceber uma privação cruel dos direitos básicos de um cetáceo.

Traduzido de: http://www.takepart.com/article/2012/10/22/heartbreaking-images-dolphins-lying-drained-aquarium-tank-routine-says-ric-o?cmpid=tp-ad-outbrain-general 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Coreia pretende iniciar caça às baleias no próximo ano. Manifeste-se!


Há alguns meses atrás a Coréia havia proclamado suas intenções de, imitando o comportamento NOJENTO do Japão, dizer que iniciaria "pesquisas científicas" assassinando baleias. A princípio, eles teriam voltado atrás. Agora parece que estão de volta aos seus planos hipócritas e genocidas.



"Em 3 de dezembro deste ano, a Coréia planeja apresentar uma proposta para começar a caça "científica". Os primeiros arpões serão lançados  no verão de 2013. Mas há tempo para pararmos este massacre se agirmos agora.

Na reunião internacional deste ano da Comissão Baleeira, em julho, a Coreia anunciou que iria começar a caça "científica". Este foi apoiado pela Islândia, Noruega e Japão, mas fortemente contestado por nações antiwhaling. Havia uma tempestade na mídia com milhares de artigos críticos aparecendo e logo houve relatos de que a Coreia tinha mudado de ideia. Mas os relatórios estavam errados. 

O que a Coreia fez foi a promessa de incorporar a entrada de todos os governos e ONGs interessados ​​antes de apresentar uma proposta para a CBI. Isso significa que ele pretende seguir um processo mandatado que envolve apenas a revisão da proposta de encontrar maneiras de fortalecê-lo, mas não vai contestar sua legitimidade para prosseguir. Uma vez que a caça a pedidos Coreia for "científico", a CBI não tem poderes para pará-lo, não importa o que dizem os cientistas." (Greenpeace Internacional - Tradução: Google Tradutor)


Todos aqueles que acompanham a caça anual de baleias do Japão sabe que as baleias não são para pesquisa científica (mesmo que fossem, não justificaria a matança...) Os animais são arpoados, abatidos, imediatamente cortados e embalados nos navios fábrica. (Quem tiver dúvidas assista o episódio    "Pesadelo"  da segunda temporada de Whale Wars - Defensores de Baleias (a Sea Shepherd mostra de perto o que acontece nas águas da Antártida).

Não custa nada tentarmos... Conto com a assinatura e a divulgação de vocês para podemos ser a voz daqueles que não podem se manifestar!

http://www.greenpeace.org/international/en/getinvolved/Stop-Scientific-Whaling/

Seja consciente!




Está ou não está mais do que na hora de mudarmos as coisas?

De separarmos o joio do trigo?
Quem não entende o valor de uma VIDA não deveria ter voz - nem presença - no mundo que desejamos ver construído.
Seja VOCÊ um agente da transformação tão necessária.
NUNCA se acomode com o holocausto animal.

Apenas NÓS, como indivíduos, cada vez em maior número, podemos fazer a mudança acontecer.
Nos oceanos ou na terra, existem bilhões de criaturas sencientes sofrendo ou sendo assassinadas.
RECUSE-SE a fazer parte disso e lute por mudanças imediatas.
Comece por rever seus próprios hábitos - o que você consome, o que você come, que locais você visita para se divertir...

A MÃE Terra agradece pelo que possam fazer por seus filhos.

(Palavras e imagem do autor da página Cadeia para quem maltrata animais)

domingo, 11 de novembro de 2012

A Engrenagem

A discussão sobre o veganismo e seus benefícios ao meio ambiente e ao futuro é extensa e muito mais complexa do que simplesmente parar de comer carne; envolve a diminuição da poluição atmosférica, a preservação de recursos vegetais e hídricos, e muitas outras questões.

Numa linguagem descontraída, o filme tem a participação voluntária da modelo e apresentadora Ellen Jabour e do ator Eduardo Pires, ambos vegetarianos, e tem o objetivo de alertar e levantar algumas questões como "Você já se perguntou de onde vem nossa comida? Quais os impactos que ela nos traz? A Engrenagem responde. "

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cachorra abandonada no litoral norte de SC precisa de um lar

Meus amigos,

Preciso da ajuda de vocês...Vou pedir apenas um minuto de seu tempo para me ajudar  a divulgar esta história a fim de encontrarmos um lar para esta "cachorrinha". Como vocês sabem, já tenho outros cinco cães que tirei das ruas e não tenho condições (espaço físico, principalmente), de assumir mais um.

Meu marido encontrou-a em um emaranhado de cordas ao lado de uma construção ao lado de seu local de trabalho. Retirou as cordas que a estavam impedindo de se mover e a trouxemos para casa.  Ela recém teve cria, porém seus filhotes, assim como várias outras crias indesejadas, devem ter tido um final nada feliz. Percebe-se que ela não é uma cachorra de rua; seu pelo está cuidado, ela é bastante educada e obediente - julgando pelo local (o bairro é conhecido pela quantidade de cães abandonados), ela deve ter sido abandonada há pouco, já prenhe.

O Dr Ricardo de Souza Paula, a quem sempre recorremos nestes casos, novamente nos auxiliou, fazendo um diagnóstico: ela está anêmica, muito abaixo do peso, com as tetinhas ainda cheias de leite e necessita de cuidados especiais nas próximas semanas. Após este período ela será castrada e doada. Esta parte está garantida; apesar das manobras que teremos que fazer, cuidaremos dela até estar em plenas condições de ir para um novo lar.

Gostaria de pedir que divulgassem as imagens para que encontremos um lar para esta cadelinha; tenho a certeza de que aquele que a adotar não irá se arrepender.

Interessados, por favor entrem em contato pelo e-mail lucianaaarioli@hotmail.com 

Obrigada!




Ajude a salvar o golfinho de Maui

Pesquisa científica confirma que o impacto humano é responsável pela taxa de 94% da perda de espécies

O Ministério da Nova Zelândia de Indústrias Primárias e do Departamento de Conservação estão recebendo contribuições públicas para o Plano de Gestão de Ameaças para golfinho de Maui, endêmico da Nova Zelândia. O Ministério de Indústrias Primárias vai considerar todas as propostas, que depois serão analisadas, e recomendações serão elaboradas pelo ministro das Indústrias Primárias para decidir sobre medidas de proteção aos golfinhos de Maui. Este é um pedido para submissões de propostas, separado dos pedidos de proteção feitos no início deste ano. A próxima revisão será em 2017. A população com mais de um ano de idade é entre 55-79 e cerca de 20-25 fêmeas reprodutoras restantes. Houve uma taxa de perda de espécies de 94%, a partir de estimativas da população levantadas em 1970.


O golfinho de Maui, Cephalorynchus hectori maui, só vive na costa oeste do norte da Nova Zelândia e é uma sub-espécie de golfinho do Hector, Cephaloryhnchus hectori hectori, que é encontrado no sul da ilha. Embora visualmente semelhantes, pesquisas científicas determinaram a espécie de Maui como uma sub-espécie em 2002, devido a diferenças na geografia e mitocôndrias.

Na natureza, estes golfinhos vivem até 22 anos de idade e em um ambiente ideal eles vão começar a procriar com cerca de 7 anos de idade, nascendo um filhote a cada 2-6 anos. O habitat do golfinho de Maui é nos arredores do litoral, até o contorno de 100 metros de profundidade, embora eles viajem mais afastados da costa durante a alimentação de inverno, ao longo da coluna de água. Dentro de sua gama de habitats costeiros, pesquisas mostraram estarem presentes nos Portos Kaipara e Manukau.

O declínio desta espécie foi documentada por várias universidades, departamentos governamentais e ministérios, com impactos induzidos pelo homem como a principal causa. A revisão do Plano de Gestão de Ameaças considera que as atividades relacionadas com a pesca, como o emaranhamento em redes de nylon e filamentos de arrasto, respondem por 95% da mortalidade, com os restantes 5% devido a pesquisas sísmicas, poluição, mineração e doença. A revisão estima uma probabilidade de 95,7% de queda, ainda maior nos próximos cinco anos, a uma taxa de 7,6% a cada ano. A população de golfinhos de Maui é estimada para ser capaz de sustentar uma morte por 10 -23 anos, e devido a atividades humanas relacionadas, cinco foram registradas no ano passado.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) lista o golfinho de Maui como criticamente em perigo, e enfrenta um alto risco de extinção. A Nova Zelândia lista o golfinho de Maui como conservação dependente. No início deste ano, uma fase de apresentação pública para oferecer melhor proteção para o golfinho de Maui resultou na proibição temporária de redes de pesca no sul de New Plymouth, uma medida inadequada por abranger uma pequena área.

Em julho, o Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia instou a Nova Zelândia a tomar medidas imediatas para prevenir uma extinção iminente. Em setembro, 576 membros do Congresso Mundial de Conservação da IUCN votaram esmagadoramente a favor de um movimento para impedir a extinção do golfinho de Maui, o golfinho mais raro do mundo. Houve dois votos contra do movimento – da Nova Zelândia.

A investigação científica tem determinado o tempo, causa e efeito do declínio da população de golfinhos de Maui, e ficou comprovado que santuários de mamíferos marinhos no contexto da Nova Zelândia podem ajudar na recuperação de espécies. O objetivo do Plano de Gestão de Ameaças é identificar as ameaças atuais e implementar estratégias que reduzam os impactos induzidos pelo homem sobre o golfinho de Maui. Estamos observando e documentando a extinção do golfinho de Maui. Certifique-se de que você é um dos muitos que agir para deter isso.

Por favor, envie propostas para MauiTMP@mpi.govt.nz

Por favor, mencione as seguintes medidas de precaução em suas propostas:

Relacionadas com a pesca medidas propostas pelo Plano de Gestão de Ameaças:
Proibir redes de arrasto até o contorno de profundidade de 100 metros da faixa de habitat total
Proteção integral no Kaipara e Portos Manukau
Proteção entre o Norte e Sul da Ilha

Medidas relacionadas com as propostas pelo Departamento de Conservação:
Estender santuários mamíferos marinhos na costa oeste norte da Ilha
Estender restrições de pesquisas sísmicas em Santuários de mamíferos marinhos
Estender restrições de mineração do mar

E sim, por favor, assine a petição no Change.org: www.change.org/petitions/save-maui-s-dolphins-now

Fonte: Sea Shepherd

domingo, 4 de novembro de 2012

Mostra Internacional de Cinema pelos Animais



A Mostra Animal traz aos amantes da sétima arte as diversas faces da relação entre humanos e não-humanos em todos os seus aspectos, sejam eles de cooperação ou de exploração, bem como os impactos socioambientais que essa interação pode trazer. 

Recheado de atrações nacionais e internacionais, o evento já trouxe em suas edições, além de grandes filmes e produções – tanto profissionais como amadoras - artistas consagrados, ambientalistas, ativistas, autoridades, escritores e, acima de tudo, amantes dos animais de todos os tipos, sempre trazendo à tona a realidade e a necessária reflexão a respeito dos inúmeros pontos que cercam esse tema.

Mostra Internacional de Cinema pelos Animais acontece nos dias 15 e 16 de novembro, na  Cinemateca (Rua Carlos Cavalcanti 1174 - Bairro São Francisco -  em Curitiba), e tem entrada franca. Veja abaixo a programação (sujeita a alterações).


15/11/2012

8:00 às 12:00 Curso de Video Ambiental com Claudio Azevedo – Inscrições pelo mostraanimal@svb.org.br
14:30 Abertura
14:45 A Galinha que Burlou o Sistema (Bra) – de Quico Meirelles –
Produtora O2
15:00 Quanto Custa? (Bra)
15:06 Libertas (Bra)
15:10 Dev(e)ir Livre (Bra)
15:13 Pense Nisso (Bra) – Produzido pelo Instituto Nina Rosa
15:14 Sons da Vida (Bra)
15:18 Bate Papo com diretores –
confirmados Fiori (Quanto Custa?), Cláudio Azevedo (Dev(e)ir Livre)
15:45 Basta de Sofrimento nos Circos (Bra)
16:10 Lançamento do Livro – Galactolatria – de Sonia Felipe
16:40 Intervalo – Sessão de autógrafos
17:00 A Questão Animal (Bra)
18:00 Bate papo com Todd Southgate (A Questão Animal)
18:25 Jill´s Film (Ing)
19:05 Bate papo com John Curtin (Jill´s Film)
19:30 Vegucated (EUA)
20:50 Encerramento


16/11/2012
8:00 às 12:00 Curso de Video Ambiental com Claudio Azevedo – Inscrições pelo mostraanimal@svb.org.br
14:30 Abertura
14:45 Tegan The Vegan (Aus)
15:00 Porco Amor (Bra)
15:30 Bate papo com diretora Ursula e atores do filme (Porco Amor)
15:45 Glass Walls (EUA) – Produzido por PETA e apresentado por Paul McCartney
16:00 A Engrenagem (Bra) – Produzido pelo Instituto Nina Rosa – Lançamento em Curitiba
16:15 Involução (Bra)
16:20 Bate Papo com Samuel Zadoque e equipe (Involução)
16:35 Dança Do Tempo (Bra)
17:00 Intervalo
17:20 Pega de Cara (Por)
18:50 Making The Connection (Ing)
19:20 Peaceable of Kingdom (EUA)
20:40 Encerramento – Entrega Oscow


Mais informações no site : http://www.mostraanimal.com.br/

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Croquete de lentilhas

Ainda não testei esta receita na minha cozinha (retirei do site Vista-se), mas tem jeitinho de estar deliciosa!



Ingredientes

225g de lentilha
425ml de água
1 cebola, finamente picada
2 col. de sopa de azeite de oliva
1 col. de suco de limão espremido na hora
Sal e pimenta-do-reino preta moída na hora
Farinha de trigo integral, para cobrir
Azeite de oliva, para fritura rasa

Preparo

Coloque as lentilhas e a água em uma panela média e cozinhe por 20-30 minutos, ou até que as lentilhas estejam mais claras e macias e toda a água tenha sido absorvida. Uma panela antiaderente é o mais indicado para esta tarefa, se possível, para evitar que as lentilhas grudem no fundo.

Refogue a cebola no azeite por cerca de 10 minutos, ou até que esteja macia, acrescente as lentilhas e o suco de limão e tempere a gosto. Misture tudo muito bem, e então forme oito croquetes e passe cada um na farinha de trigo integral.

Aqueça o azeite em uma frigideira e frite os croquetes até que estejam sequinhos. Escorra em papel-toalha e mantenha-os aquecidos.

Outra opção é colocar os croquetes em uma assadeira untada e assá-los por 30-40 minutos em forno a 200ºC, virando-os na metade do tempo para que dourem por igual.

Rendimento: 4 porções.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quando digo que sou vegetariana...



Neste caso, sou vegana, mas as opções são amplas e deliciosas da mesma forma, como vocês podem acompanhar pelas receitas que comecei a postar... rsrs...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É ambientalista, mas come carne?


FONTE: Vista-se

Um conjunto de fatos sobre o desmatamento e o consumo de carne e outros produtos de origem animal

Por Thiago Fonseca

Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas. Neste texto, abordaremos as implicações ambientais da decisão de comer carne.

Se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. Já um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.

Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos produzidos no mundo vira comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima, é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado que está lá. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano, haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.

E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não para de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global.

As pessoas deveriam considerar comer menos carne como uma forma de combater o aquecimento global, segundo o principal cientista climático da Organização das Nações Unidas (ONU). Números da ONU sugerem que a produção de carne lança mais gases do efeito estufa na atmosfera do que o setor do transporte.

A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa. Esse número inclui gases do efeito estufa liberados em todas as etapas do ciclo de produção da carne – abertura de pastos em florestas, fabricação e transporte de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis em veículos de fazendas e emissões físicas de gado e rebanho. O transporte, em contraste, responde por apenas 13% da pegada de gases da humanidade, segundo o IPCC.

Pesquisas mostram que as pessoas estão ansiosas sobre suas pegadas de carbono e reduzindo as jornadas de carro, por exemplo, mas elas talvez não percebam que mudar o que está em seu prato pode ter um efeito ainda maior.

Parar de comer carne sempre foi a bandeira dos vegetarianos. Suas razões eram principalmente a saúde humana e os direitos dos animais. Hoje, o foco mudou. “Agora o meio ambiente pesa na decisão de não comer carne”, diz o biólogo Sérgio Greif, da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Um dos mais expoentes adeptos da campanha por menos carne e mais florestas é o biólogo americano Edward Wilson, da Universidade Harvard. Segundo ele, só será possível alimentar a população mundial no fim do século se todos forem vegetarianos. “O raciocínio é matemático”, diz Greif. A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentá-los, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o boi é o pior.

O gado tem sido considerado o grande vilão da Amazônia. Hoje, o Brasil mantém 195 milhões de bovinos. Há mais bois que pessoas. Cerca de 35% desse rebanho está na Amazônia. Para alimentar o gado, os pecuaristas desmataram uma área de 550 quilômetros quadrados, o equivalente ao estado de Minas Gerais. Criados livres no campo, sem ração, os bois precisam todo ano de novas áreas derrubadas para a formação de pasto.

A pecuária na região está ligada à ocupação irregular de terras públicas. As terras da região pertencem ao Estado e em sua maioria foram tomadas na forma de posse. “Sem ter de pagar pela terra, fica mais barato produzir lá que no Sul e no Sudeste”, diz Paulo Barreto, do Imazon. Para comprovar a posse da área tomada, o fazendeiro precisa mostrar que a terra é produtiva. “Para isso também servem os bois”, afirma Barreto.

Resultado de cinco meses de trabalho, os números de um estudo coordenado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, mostram que, em 2005, a emissão de gases-estufa (GEE) da pecuária representou 48% do total brasileiro. A atividade emitiu 1,055 bilhão de toneladas de GEE sobre 2,203 bilhões do total nacional, número do tão esperado inventário brasileiro de emissões, divulgado só recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

“A diferença desse estudo em relação às abordagens estatísticas tradicionais é que elas dividem as emissões por categorias, e nossa abordagem é pela cadeia de um produto específico”, explicou Smeraldi. “Então ela é transversal, porque envolve uso da terra e fermentação entérica (basicamente, arroto de boi e vaca), por exemplo, processos que estão separados no inventário.”

Um quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. Assim, é a primeira vez que a chamada “pegada de carbono” de um produto específico, no caso a carne bovina, é calculado. Pegada de carbono é a quantidade de gás-estufa liberada direta ou indiretamente por uma certa atividade. “O interessante desses dados é que eles podem começar a traduzir toda a situação para o consumidor, a dona de casa, o investidor”, comentou Smeraldi.

“Essa é a diferença de ter números sobre categorias e números sobre produtos: 1 quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. É mais do que o custo da própria carne por quilo no atacado (o kg do dianteiro custa R$ 3,60; do traseiro, R$ 5,90)”, disse o especialista.

“Como investidor eu posso raciocinar que, se a carne tivesse que pagar o CO2 que emite, ficaria inviável. Por outro lado, se seguir boas práticas, posso reduzir uma barbaridade essa emissão e vender o CO2 poupado no mercado de emissões por um preço superior ao da carne. Frigorífico pode fazer mais dinheiro vendendo redução de carbono do que vendendo a própria carne.”

No topo absoluto da cadeia alimentar, os seres humanos se dão ao luxo de comer de tudo, mas a um preço elevado: a pesca maciça está levando as espécies marinhas à extinção, e a piscicultura polui a água, o solo e a atmosfera – o que precisa fazer com que mudemos de hábitos. Alimentar a humanidade – nove bilhões de indivíduos até 2050, segundo as previsões da ONU – exigirá uma adaptação de nosso comportamento.

Mesmo que seja fonte essencial de proteínas, a carne bovina não é “rentável” do ponto de vista alimentar: são necessárias três calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de ave, sete para uma caloria de porco e nove para uma caloria bovina. Dessa maneira, mais de um terço (37%) da produção mundial de cereais serve para alimentar o gado – 56% nos países ricos – segundo o World Ressources Institute.

Seria o caso, então, de reduzir o consumo de carne e substituí-lo pelo peixe? Os oceanos não podem ser considerados uma despensa inesgotável, estimou Philippe Cury, diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD). O número de pescadores é duas a três vezes superior à capacidade de reconstituição das espécies. No atual ritmo, a totalidade das “espécies comerciais” haverá desaparecido em 2050.

A agricultura, particularmente produtos de carne e laticínios, é responsável pelo consumo de cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do uso de terra e 19% das emissões de gases estufa. Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e o crescimento do consumo de produtos animais. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil produzir alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial de impactos somente seria possível com uma mudança de dieta, eliminando produtos animais.

Um painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o maior crescimento econômico. O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos animais causam mais dano que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. Biomassa e plantações para animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fósseis.”

A diminuição do consumo de carne e leite em todo o mundo levaria, até 2055, a uma redução de 80% das emissões de gases que agravam o efeito estufa no setor agropecuário. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto de Estudos das Mudanças Climáticas de Potsdam, na Alemanha.

O coordenador do estudo, Alexander Popp, afirma que “a carne e o leite podem realmente fazer a diferença”. A explicação, segundo ele, é que uma redução no consumo desses itens levaria a uma queda nas emissões de dois dos gases que mais agravam o aquecimento: o metano e o óxido de nitrogênio. Esses gases são lançados na atmosfera durante a fertilização dos campos agrícolas e na produção de ração para alimentar vacas, ovelhas e cabras, entre outros animais.

Dito isso, fica a pergunta: o que você quer fazer com o planeta? Cuidar dele ou devorá-lo?

domingo, 28 de outubro de 2012

Almôndegas assadas com molho de tomate



Ingredientes:
- 1 xícara de proteína de soja escura
- 3/4 xícara de farinha de trigo
- 1/4 xícara de flocos de aveia
- 1 colher de sobremesa de farinha de linhaça
- 3 colheres de sobremesa de água filtrada
- 3 cebolas de conserva crua
- 4 dentes de alho
- 2 tomates
- molho shoyo
- salsinha
- orégano
- sal
- azeite de oliva
- 1 colher de sobremesa de creme de soja (opcional)


Modo de preparo:

Esta receita está dividida em duas partes: as almôndegas e o molho que irá acompanhar o prato. Então começaremos com as almôndegas.

Coloque a proteína de soja em uma tigela e cubra com água fervente (aqui iremos hidratar a soja, e cerca de 10 minutos é suficiente). Enquanto a soja hidrata pegue uma tigela grande e adicione os seguintes ingredientes:  farinha de trigo, farinha de linhaça, flocos de aveia, 2 cebolas picadas, 2 dentes de alhos bem picados (a cebola e o alho podem ser picados no processador), 1 tomate picado em cubo, molho shoyo, água filtrada, salsinha picada e o orégano (o molho shoyo,a salsinha e o orégano são a gosto). Não precisar misturar os ingredientes na tigela, apenas reserve. Quando a soja estiver hidratada, coloque-a em um coador grande e com uma colher vá apertando para que saia toda água absorvida pela proteína. Após isto coloque a soja na tigela com os outros ingredientes, adicione sal e um pouco de azeite.

Com todos os ingredientes na tigela, misture tudo, até que toda farinha tenha sido absorvida pelos outros ingredientes. Unte uma assadeira com óleo de soja. Passe um pouco de farinha em suas mãos e com uma colher de sopa vá pegando pedaços da mistura e formando bolinhos (não se preocupe em formar bolinhas bem redondas, apenas forme um bolinho e disponha na assadeira). Após formar todos os bolinhos, leve ao forno pré-aquecido e deixe assar por 35 minutos em temperatura de 200 graus. Pronto, a almôndega está pronta; agora vamos preparar o molho

Leve para o processador, 1 tomate cortado em 4 partes, 1 cebola, 2 dentes de alho, salsinha, sal e azeite. Bata até formar um molho, e leve para a panela. Adicione um pouco de água já fervida e cozinhe o molho até a água toda evaporar. Se quiser adicione uma colher de sobremesa de creme de soja e mexa para que o creme seja absorvido pelo molho.

Observações:
- Não adicione muito sal no preparo das almôndegas, já que o molho shoyo já é salgado. Coloque o sal apenas em cima da soja, mas apenas um pouco, cerca de uma colher de chá. A mesma dica vale para o molho; experimente e vá adicionando sal se necessário.

- Quando você estiver formando os bolinhos, verá que eles estarão bem úmidos e com isto existe a dificuldade para a formação de bolinhas bem redondas; mas não se preocupe com isto. Apenas forme bolinhos caseiros que ficarão bem gostosos.


sábado, 27 de outubro de 2012

Hipocrisia pouca é bobagem (Parte II - Índios Guarani-Kaiowá)

Concordo com a indignação e a bandeira a favor dos índios Guarani-Kaiowá. No entanto, a luta deles é contra a PECUÁRIA, que está devorando seu território (dentre outras situações). 

Se você come carne, amiguinho, e está indignado com a situação destes índios, sinto muito em lhe dizer que VOCÊ TAMBÉM É CULPADO PELA SITUAÇÃO QUE ELES ESTÃO VIVENDO!!! Acorda galera! Chega de hipocrisia!!!!


Canil fecha e cães são assassinados em Óbidos (Portugal)

Um canil em Portugal, na cidade de Óbidos, fechou e, sem que fosse qualquer dado aviso que permitisse a salvação dos cães, TODOS foram ASSASSINADOS.

Óbidos é uma cidade que tem a fama de possuir as melhores escolas do mundo (????), condomínios de luxo, Festival do Chocolate e muita ostentação. Mas não teve humanidade suficiente para discutir uma solução para os animais que estavam no canil municipal, vítimas da sociedade, e que foram assassinados porque, segundo as autoridades, não havia funcionários suficientes naquele setor. Absurdo, revoltante... 

Não se pode fazer mais nada por estes animais especificamente, que perderam suas vidas em função da frieza dos seres ditos humanos. No entanto, peço que assinem e divulguem a petição abaixo, para que os responsáveis por esta barbárie sejam punidos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cão é estuprado e morto em Caeté (MG) - Assine a petição e ajude a punir os culpados

Imagine um cão de rua sendo atraído, à noite, por um pouco de comida; ele segue aquela pessoa, pois está com muita fome. De repente, aquelas mãos o agarram, ele é imobilizado e sente uma dor horrível, de penetração no ânus. Ele geme, ele chora, mas parece que ninguém o ouve, ninguém o ajuda. O ânus sangra, mas o torturador não para. O animal geme mais alto. Então, para calá-lo, imobilizá-lo e continuar com a ação, quebram-se as suas patas. O cão geme ainda mais alto e para silenciá-lo de vez, enfiam um saco plástico em sua cabeça. Ele desmaia com a falta de ar, mas não se debate mais. 

No dia seguinte, suas patas quebradas, ensanguentadas, arrastam-se a pela rua, à vista de todos. E, novamente, ninguém faz nada. 

Isto aconteceu em Caeté, Minas Gerais, no conjunto Hibisco, na noite de 19 para 20 de setembro. Um cão foi trucidado, barbaramente torturado e estuprado por várias horas e ninguém fez nada por ele. Mas nós, defensores e amigos dos animais, sujeitos éticos, vamos fazer nossa parte. 

Protestamos contra a crueldade; pedimos investigação e punição ao responsável, ser humano ciente e cruel, capaz dessas atrocidades.



Por favor, assine e repasse a petição pública para solicitar  punição destes monstros!!! Não esqueça de confirmar a assinatura em seu e-mail, caso contrário a mesma não terá validade.

"SE VOCÊ NÃO FAZ PARTE DA SOLUÇÃO, VOCÊ FAZ PARTE DO PROBLEMA"


Não vou postar imagens aqui, porque além de tristes, são revoltantes. Se quiser acessar mais informações sobre este ato grotesco, CLIQUE AQUI e AQUI. O delegado disse que está fazendo o possível para encontrar os culpados. No entanto, um mês já se passou desde a morte deste ser indefeso, e os culpados ainda não foram identificados. Deixo então, uma pergunta: se fosse a filha ou esposa deste excelentíssimo senhor, no lugar daquele cão, será que os culpados ainda estariam impunes?


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Enseada - Taiji, vergonha mundial


Mais um dia de sangue no Japão.... Um grupo de cerca de 30 golfinhos foi assassinado brutalmente em Taiji. Quando este inferno irá acabar? Me sinto impotente ao pensar que este massacre ainda vai perdurar por meses antes de uma nova trégua... Seres humanos...que decepção com minha espécie!

E você, não sabe ainda o que acontece nas águas de Taiji, no Japão? Até mesmo a população japonesa desconhece algumas práticas que lá ocorrem. Assista o documentário "The Cove - A Enseada" e saiba do segredo sujo que foi revelado por ativistas que arriscaram, e arriscam, suas vidas pelos golfinhos.


domingo, 21 de outubro de 2012

Estudo de universidade norte-americana conclui que vegetarianos vivem mais do que pessoas que consomem carne


A fonte da juventude está em sua mesa, segundo um estudo da Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA). A pesquisa vem sendo feita desde os anos 50 com mais de 96 mil pessoas dos EUA e Canadá que frequentam a igreja Adventista do Sétimo Dia. Os fiéis desta igreja são encorajados a adotar uma alimentação livre de carne e notou-se bons resultados na longevidade deste grupo ao longo dos anos.

O estudo, denominado ”Adventist Health Study” , indica que uma alimentação vegetariana previne doenças crônicas como alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, colocando os vegetarianos à frente na expectativa de vida em relação às pessoas que comem carne.

Ainda segundo o estudo norte-americano, homens vegetarianos vivem, em média, 83,3 anos, o que corresponde a 9,5 anos a mais do que os homens que comem carne. As mulheres vegetarianas vivem, em média, 85,7 anos, o equivalente a 6 anos mais do que as mulheres que não seguem uma alimentação vegetariana.

Os números estão a favor dos vegetarianos por conta da quantidade de antioxidantes, fibras e outros componentes saudáveis que uma alimentação vegetariana balanceada pode proporcionar. Por prevenir muitas doenças consideradas comuns na melhor idade como o diabetes, o excesso de colesterol e as doenças do coração, a alimentação vegetariana pode garantir não só mais anos de vida, mas também mais tranquilidade, saúde e disposição para aproveitar esse tempo a mais.

sábado, 22 de setembro de 2012

Patrick, o pitbull que comoveu o mundo


A história de um pitbull está comovendo os Estados Unidos, um ano depois de o cão ser salvo da morte num compactador de lixo. Na época, Patrick pesava o equivalente a nove quilos. Agora, o cão reapareceu na mídia americana à procura de um novo dono. E já nem lembra mais o antigo cãozinho magro e abatido que foi um dia.

Segundo reportagem do "Daily Mail", o porte raquítico dos tempos de maus-tratos deu lugar a um corpo musculoso de cerca de 25 quilos. Patrick passou o último ano num abrigo, recebendo tratamento veterinário.

— Ele é um lutador tremendo — disse o médico veterinário Thomas Scavelli, que cuidou do cão.

Patrick tem recebido mensagens do mundo inteiro, depois que funcionários do abrigo criaram uma página no Facebook contando sua história. Intitulada “The Patrick Miracle” (O milagre de Patrick), a página já foi curtida por mais de 200 mil pessoas.

A antiga dona do cão, Kisha Curtis, responde a um processo por “atormentar e torturar” o animal. As acusações podem levar a penas de prisão máximas de 18 meses e uma multa de até US$ 10 mil. Ela também enfrenta duas acusações de abandono, com pena de até seis meses de prisão e multa de US$ 1 mil. (Deveria ir para a cadeira elétrica, isso sim!)

De acordo com as autoridades americanas, Curtis amarrou o cão num corrimão em seu prédio e o deixou por mais de uma semana sem comida. Um faxineiro o encontrou em uma lata de lixo, prestes a ser atingido pelo triturador. O trauma, porém, não tornou o pitbull agressivo, segundo Patricia Smillie-Scavelli, mulher de Thomas Scavelli.

— Ele realmente é muito amoroso. Prefere sentar em seu colo do que no chão. Ele também dorme na nossa cama, à noite, junto com o gato — contou.

A lenta recuperação foi feita com dieta especial, remédios, fisioterapia e transfusões de sangue, que logo acabaram com as costelas aparentes e as feridas espalhadas por todo o corpo.






Vida longa ao Patrick !!! No entanto, é uma pena que muitos cachorros acabem passando por isso, e a maioria não tem um final feliz. 


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Hipocrisia

Feliz dia da árvore pra você que se diz defensor dos animais e depois convida os amigos para um churrasquinho na maior cara de pau.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Neurocientistas publicam manifesto afirmando que mamíferos, aves e até polvos têm consciência e esquentam debate sobre direitos dos animais




Os seres humanos não são os únicos animais que têm consciência. A afirmação não é de ativistas radicais defensores dos direitos dos animais. Pelo contrário. Um grupo de neurocientistas — doutores de instituições de renome como Caltech, MIT e Instituto Max Planck — publicou um manifesto asseverando que o estudo da neurociência evoluiu de modo tal que não é mais possível excluir mamíferos, aves e até polvos do grupo de seres vivos que possuem consciência. O documento divulgado no último sábado (7), em Cambridge, esquenta uma discussão que divide cientistas, filósofos e legisladores há séculos sobre a natureza da consciência e sua implicação na vida dos humanos e de outros animais.
O manifesto representa um posicionamento inédito sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. "As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes", diz. "Concluímos então que esses animais também possuem consciência."
Estudos recentes, como os da pesquisadora Diana Reiss (uma das cientistas que assinaram o manifesto), da Hunter College, nos Estados Unidos, mostram que golfinhos e elefantes também são capazes de se reconhecer no espelho. Essa capacidade é importante para definir se um ser está consciente. O mesmo vale para chimpanzés e pássaros. Outros tipos de comportamento foram analisados pelos neurocientistas. "Quando seu cachorro está sentindo dor ou feliz em vê-lo, há evidências de que no cérebro deles há estruturas semelhantes às que são ativadas quando exibimos medo e dor e prazer", diz Low.

Personalidade animal - Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade e o modo como os animais são tratados. Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, diz que o manifesto chega em boa hora. "O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões científicas como essa em legislação que ajudará a organizar a sociedade", diz em entrevista ao site de VEJA. Wise é líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. O advogado coordena um grupo de 70 profissionais que organizam informações, casos e jurisprudência para entrar com o primeiro processo em favor de que alguns animais — como grandes primatas, papagaios africanos e golfinhos — tenham seu status equiparado ao dos humanos. 

O manifesto de Cambridge dá mais munição ao grupo de Wise para vencer o caso. "Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça as enxergue como pessoas, no sentido legal." Isso, de acordo com o advogado, quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. "Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos", defende Wise. "Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos."


"Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low


Em entrevista, neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade

O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Quais animais têm consciência? Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos. 

É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos? 
Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante. 

Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência?
Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica. 

Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais?
Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora. 

Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? 
É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados. 

As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento? 
Acho que vou virar vegano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo. 

O que pode mudar com o impacto dessa descoberta? 
Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.