terça-feira, 25 de outubro de 2011

Navios-currais dão orgulho ou ‘Ficar preso em um elevador por um mês’

Por Márcio de Almeida Bueno

onavio curral

Como se já não bastasse a pecuária em si, arrancando à força a valiosa matéria-prima dos animais – e da natureza, para aqueles que separam esses assuntos em gavetas diferentes, ainda há o caso dos clientes exigentes, aqueles que querem atendimento VIP. Então o Rio Grande do Sul quadruplicou a exportação de ‘gado em pé’. Vejamos que este é um eufemismo, entre muitos que nos ludibriam no dia-a-dia, e significa gado transportado vivo, em navios-currais, naqueles porões apertados, abafados e VIPs da maneira que podemos imaginar. Ou assistir no YouTube, quando der coragem.

Em Rio Grande, o porto recebeu o navio Kenoz, que buscou 8 mil ‘cabeças’ – alô eufemismo- e leva agora para Turquia e Jordânia. Antes, o turismo da morte tinha como destino o Líbano, que só aceita animais ‘inteiros’. Desta vez, são animais gordos e já castrados, prontinhos para o abate, que valem – sim, tudo na vida tem seu preço, baby – R$ 2,80 o quilo. Do outro lado do planeta, o pessoal fica esperando já com babador, segurando garfo e faca, como nos cartuns, e salivando pelos futuros churrascos. O chato é que ainda estão vivos, mugindo e cagando, mas quanto a isso o povo de Alá dá um jeito rapidinho.

O fato é que para ter o prazer de curtir a mastigação do começo até o final, desde olhar para um boi gaúcho, vindo do outro lado do mundo, até a puxada de descarga final, tem que encomendar o telegado vivo – ou dar a isso uma justificativa mágica, como ‘abate religioso halal’. A outra razão é o preço mais baixo, que compensa a viagem de quase um mês. Então são dezenas de decks com as baias dos animais, que vão passar pela experiência de ‘ficar preso em um elevador’ por cerca de um mês, até chegar no Oriente Médio que segue salivando. Os bois que morrem no meio do caminho são sangrados e jogados no mar. Exceto no Estreito de Gibraltar, onde é proibido, então são mantidos no navio até chegar no seu ‘destino’. Um total de 2% dos animais embarcados empacota antes de ter a oportunidade de cagar e ter sua garganta cortada por uma cimitarra. E o cheiro de amônia, resultante dessa mistura de stress, milhares de animais fazendo ‘número 1′ e ‘número 2′, morte, sangue, pressão, tensão e enjôo, obriga todos a usarem máscara de proteção.

Então cabe aos animais nascerem para que uma planilha de Excel seja preenchida corretamente, e eles vão se prestar até mesmo a serem carga viva em tortuosas viagens intercontinentais, calor e frio e balanço e morte. A morte aqui e agora, ou lá longe, após um êxodo forçado, enchendo de bosta os portos, enchendo as páginas dos jornais domesticados – gado em pé, mas sentado em frente ao Word, e enchendo os bolsos de alguns poucos escolhidos por Alá.

Enquanto isso, os olhos piscam de quem está ali apenas por sua carcaça, vivo o tempo suficiente para a viagem final, o fluxo de sangue que une o RS aos 1001 desertos. A perda de peso – que também entra na planilha – de quem está suportando uma mostra da panela onde vai ser cozido, logo mais, pois há um mercado ávido de vida, com milhões de bocas salivando, e que exigem os caprichos de ver os estrangeiros de quatro patas antes do arroto final, vivos ou já meio zumbis. Não importa se houve dor, se haverá dor, se o confinamento maior é das idéias ou dos não-humanos escolhidos como comestíveis, entre tantos à disposição. Cabe ao homem dar os telefonemas certos, as ordens certas, espremer o gado vivo em um moedor de carne em formato de navio, que entrega lá longe o pré-churrasquinho pelo qual tanto salivam. E todos terão orgulho da exportação de morte, abençoada pelos deuses concorrentes, de continentes diferentes.

domingo, 23 de outubro de 2011

Terror e covardia no massacre em Ohio

Por Sam Berkhead - Tradução por Natalia Cesana (Jornal Anda)

Foto: AP

Muitas pessoas de todo o mundo assistiram à fuga de dezenas de animais silvestres em Ohio (EUA) nesta terça-feira (18), quando o proprietário de uma exótica fazenda, antes de se suicidar, abriu as jaulas dos animais e os soltou.

Até a quarta à tarde, a polícia havia matado dezenas de leões, tigres e outros animais em extinção. Apenas 6 dos 56 sobreviveram. As imagens pareciam um pós-apocalíptico da Arca de Noé, uma cena de devastação da tirania humana sobre a vida.

Não ofenderia as pessoas quem tem de compensar sua falta de masculinidade matando animais por esporte, mas isso foi repulsivo. O que aconteceu em Ohio esta semana não foi uma história para ler como diversão. Foi um massacre. Foi um massacre em que as vítimas não tinham voz.

A polícia de Ohio defendeu a decisão de assassinar os animais como prevenção a um possível ataque aos civis.

Leopardo é um dos seis animais que sobreviveram ao massacre (Foto: AP)

Mas quão difícil teria sido emitir um alerta para os moradores da cidade, advertindo-os a ficar em casa? Teria sido um grande inconveniente usar armas com tranquilizantes? Este era mesmo um caso de poucos recursos ou simplesmente foi preguiça?

Eram 18 tigres, 17 leões, seis ursos pretos, dois ursos pardos, três leões da montanha, dois lobos e um macaco. A possibilidade era que estes animais estivessem com mais medo das pessoas que as pessoas em volta deles.

(...) o que faz dos humanos mais superiores?

Dois primatas estão entre os sobreviventes (Foto: AP)






Se a perda de uma vida humana é uma tragédia, deveria ser considerado mais crime ainda quando é a vida de um animal que se perde tão egoistamente.

Se cada indivíduo tem o inalienável direito de viver, este direito deveria ser estendido a outros seres que dividem este planeta conosco. Crueldade é crueldade, não importa a quem.

É preciso que os legisladores aprovem leis que protejam os animais em situações como essa. Entre em contato com o centro de controle animal local para garantir que os animais recebam o mesmo tratamento dispensado aos humanos.

Você recebeu a voz por uma razão. Falar pelos que não podem falar por si mesmos.

Fonte: The Bona Venture

sábado, 8 de outubro de 2011

Toureiro gravemente ferido. Quer saber? Beeem feito!

O toureiro espanhol Juan José Padilla se feriu gravemente nesta sexta-feira (7) durante uma tourada em Zaragoza, depois que um touro o atingiu no rosto.

Fotógrafo flagrou o momento em que Padilla sofreu o grave ferimento (Foto: Reprodução/El Diario Montanés)


Padilla foi atendido na enfermaria da arena e posteriormente transferido ao Hospital Miguel Servet, onde seria operado com urgência, informaram fontes sanitárias. O cirurgião-chefe da enfermaria da arena disse que ele sofreu "traumatismo craniano grave, lesões na face, no aparelho auditivo e no olho esquerdo.

O chifre do touro penetrou por uma maçã do rosto e saiu pelo olho esquerdo, destruindo o globo ocular, de acordo com fontes que testemunharam o ocorrido.

No final de setembro, as touradas foram definitivamente proibidas na região espanhola da Catalunha. Mesmo assim, as touradas são permitidas em todas as outras regiões da Espanha, exceto nas Ilhas Canárias.Os ativistas que lutam contra as touradas querem estender o veto à outras regiões.

Fonte: G1

Uma pergunta aos que não são veganos e ainda estão indignados com o título da minha postagem: alguém já parou para ver o estado em que se encontrava o touro?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ucrânia incinera cães abandonados ainda vivos

Autoridades ucranianas estão usando agora um crematório móvel para exterminar os animais abandonados. O governo local comprou um crematório móvel para a eliminação de animais errantes. As informações foram enviadas pelo Grupo Fauna.

Foto: Reprodução

O crematório móvel também será emprestado para outras cidades e distritos da região. Os animais capturados são jogados e queimados vivos no forno a 900 Graus Celsius.

A concentração de animais abandonados não é crítica e pode ser facilmente controlada.O problema de animais abandonados pode ser resolvido pela esterilização. Estamos horrorizados ao saber do problema de animais abandonados na região Luhansk no Lysychansk, cidade no leste da Ucrânia e que será ‘resolvido’ desta forma absurda, ignorando a Lei de Crueldade contra os Animais.

Há uma petição que pode ser assinada como forma de protesto. Já são mais de 200 mil assinaturas. Contribua você também para acabar com esse absurdo:

http://www.thepetitionsite.com/2/tell-ukraine-to-stop-burning-animals-alive/