quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sobre amar e comer animais



Diversos sites do mundo todo estão divulgando a atitude de Don MacKenzie, um norte-americano que comprou uma lagosta de cerca de 80 anos de um restaurante apenas para soltá-la no mar. Segundo Don, a “Larry Sortuda”, como foi apelidada a lagosta, não merece morrer por ter passado tantos anos sem ser pescada. MacKenzie se comoveu com a história da lagosta e pagou uma quantia significativa (não revelada) apenas para ter o prazer de libertá-la.

Para o jornal “The Day”, Don admitiu que gosta de comer lagostas, mas disse que “Larry Sortuda” não era uma opção. “Ela [a lagosta] é muito velha, a carne deve ser muito dura”.

O que levou Don MacKenzie a fazer esta ação que tinha tudo para ser maravilhosa provavelmente foi o que o filósofo e professor de Direito Gary Francione chama de “esquizofrenia moral”. Don se identificou com “Larry Sortuda”, a enxergou como indivíduo e deu a ela a liberdade. Mas, possivelmente no mesmo dia, comeu pedaços de outros animais enquanto relatava o quão bacana foi aquela ação com Larry.

A maioria das pessoas que comem animais tem isso: em um momento se compadecem do sofrimento deles, em outro, chupam suas costelas.

Um comentário:

  1. Além da história ser linda, é muito interessante aprender que uma lagosta pode viver tanto. Confesso que eu não fazia idéia disso.
    GK

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