E a indústria continua te enganando...

Salve Lennox - Prisão de cão gera mobilização

Nós que vivemos em uma sociedade livre nos sentimos seguros, porque obedecemos à lei, pagamos nossos impostos e não precisamos nos preocupar com oficiais do governo entrando em nossas casas e destruindo nossas famílias.

Mas não em Balfast, Irlanda do Norte, onde uma situação trágica aconteceu há mais de dois anos. Lennox, um cão mestiço de labrador com bulldog americano, foi confiscado da casa da família Barnes, por causa do “Dangerous Dogs Act” (DDA) (em português “Ato de Cães Perigosos”), e sentenciado à morte por causa de sua aparência física. De acordo com o Ato, se as medidas de um cachorros são semelhantes às medidas de “cachorros tipo pit bull”, o cachorro pode ser confiscado sem qualquer aviso, ou pagamento de multa, e sentenciado à morte (uma recente modificação estipula que precisa ser provado que o cachorro é perigoso). O Ato diz que que traços físicos ditam o comportamento do cachorro, o que contradiz o que é conhecido por todo especialista, veterinário, controle de animais, e associações médicas de emergência em todo o mundo – todos são contra esse tipo de lei.

Lennox nunca teve nenhum episódio de agressão, e nunca mostrou nenhum sinal de mau comportamento. Ele não era somente o cachorrinho da família, mas servia de cão de terapia e alma gêmea para uma garota com deficiência física, Brook Barnes, que agora tem 13 anos. Os tutores de Lennox sempre lhe ofereceram um lar seguro, e seguindo as leis, eles foi microchipado, castrado, teve seu DNA registrado, possuia seguro de saúde, e licença emitida pela prefeitura. A sua tutora, Caroline Barnes, uma enfermeira veterinária, fez tudo de acordo com a lei.

           Lennox vivia feliz com a família 

                   (Foto: Divulgação)

Mesmo assim, em 19 de maio de 2010, na cidade de Belfast, dois oficiais bateram na porta da casa da família Barnes com uma ordem de prisão para um cão, com endereço completamente errado. Não está claro que a visita foi um erro, ou por que o senhor Barnes renovou a licença de Lennox há pouco tempo. Depois dos oficiais tomarem chá e fumarem, eles mediram Lennox com uma fita métrica, e anunciaram que ele seria levado para a prisão, por causa de sua raça.

Isso foi há dois anos atrás. Desde então, uma petição com 127 mil assinaturas, apelos de especialista em comportamento e celebridades, e um crescente movimento “Boycott Belfast”, Lennox está sendo mantido pelas autoridades em um local secreto, e sua família está enfrentando uma disputa legal desesperadora por sua vida.

O caso é marcado por erros, inconsistências, e acusações de perjúrio. Dois especialistas, Sarah Fisher e David Ryan, apresentaram resultados em duas ocasiões, depois de estarem com Lennox. Ambos chegaram à conclusão que ele é amigável, e não representa nenhum perigo, e apresentaram os dados à corte em setembro de 2011.

Inexplicavelmente, o juiz não admitiu as avaliações, e em vez disso, se baseou na opinião de Peter Tallack, um oficial da polícia que cuida de cães, e apoiador do Ato, cujo papel no caso era de simples “reconhecedor de raças.” O juiz então disse que Lennox era “um acidente esperando para acontecer,” baseando sua sentença em algo que possa acontecer no futuro, e não em evidências de seu passado (Imaginem se uma pessoa fosse sentenciada por causa deste tipo de opinião!).

              Criança faz apelo para reaver 
            o grande amigo (Foto: Divulgação)

O caso foi rejulgado em janeiro de 2012, e o mesmo juiz não mudou sua sentença.

Victoria Stilwell, treinadora de cães e apresentadora do programa no canal Animal Planet, “It’s Me or the Dog”, tem demonstrado muito apoio a Lennox, escrevendo artigos e dando entrevistas sobre o caso. Ela também estudou os vídeos de Sarah Fisher, e simplesmente não consegue acreditar como um juiz aceitou as palavras de um oficial que não é um especialista em comportamento animal, em vez da opinião de dois profissionais. Victoria também está preocupada com o estado de saúde de Lennox.

Sua saúde está se cada vez pior por causa do estresse, e com base em fotos, ele mostra uma grande perda de pelo e feridas. Um apelo final foi marcado para o dia 24 de maio. Se for decidido que Lennox não pode voltar para casa, a defesa está pedindo que no mínimo Lennox possa ser adotado por alguém na República da Irlanda (onde não há a legislação de raças perigosas).

Enquanto isso, em algum lugar em Belfast, o cachorro tão amado pela família – um cão que nunca passou um dia de sua vida em um canil – permance trancado em um cela pequena e escura, cercado por serragem e fezes, uma vítima de uma política errônea, e alguns humanos que preferem vê-lo morto do que admitir que cometeram um erro. Isso sim, é um crime.

Como você pode ajudar:

- Visite as páginas no Facebook e saiba mais sobre a campanha –http://www.facebook.com/TheLennoxCampaign ehttp://www.facebook.com/FreeLennoxNoOlympicTorchforBelfast

- Siga @lennoxcampaign no Twitter e use a hashtag #SaveLennox

- Visite o blog em apoio à Lennox para saber mais sobre a história, e emails de políticos na Irlanda do Norte para os quais é possível enviar uma carta de reclamação – http://savelennox.com/

- Assine a petição contra a morte de Lennox – http://www.petitiononline.com/sl190510/petition.html

- Compartilhe essa história com outras pessoas, para que todos saibam como as leis baseadas apenas em raças são erradas. Com posse de informações corretas, todos podemos lutar contra os abusos de políticos baseados em preconceitos e erros. Este tipo de lei é temida por todos, e ninguém deseja que o mesmo aconteça com seu próprio animal o que está acontecendo com Lennox.

Com informações do blog http://savelennox.com/ e http://www.huffingtonpost.com/joan-k-smith/an-outrage-in-belfast-the_b_1504739.html

Legume xadrez

A partir de hoje, vou postar as receitas que foram testadas e aprovadas em nossa cozinha!

Mandem também suas contribuições!

Legume Xadrez

            Ingredientes:

                        - 50gr de shitake

                        - 6 batatas médias cortada em cubos

                        - 2 cenouras cortadas em rodelas

                        - 1 cebola roxa pequena cortada em cubos

                        - ½ cebola cortada em cubos

                        - ½ pimentão verde e vermelho cortados em cubos

                        - alho poró cortado em rodelas

                        - amendoim torrado e descascado

                        - ¼ de xícara de chá de molho shoyo

                        - ¾ de xícara de chá de água

                        - 1 colher de chá de açúcar

                        - 1 colher de sopa de amido de milho

            Modo de Preparo:

                        - lavar bem o shitake e colocar de molho em água morna ou vinho branco suave.

                        - misturar em uma tigela o molho shoyo, açúcar, amido de milho e água. Reserve.

                        - em uma panela de vapor cozinhar a cenoura e as batatas, cerca de 15 minutos, al dente.

                        - refogar o shitake e reserve.

                        - refogar os pimentões, cebola e alho poró.

                        - retirar as batatas e cenoura e refogar um pouco, acrescentar o shitake e os legumes refogados.

                        - adicionar a mistura de molho shoyo e deixar engrossar – misturar de vez em quando.

                        - quando estiver pronto adicionar o amendoim e a salsa.

Tudo sobre o veganismo - Parte 1

Por Gary Yourofsky

"O que o senador republicano Matthew Scully, ex-redator de discursos sênior de George W. Bush, tem em comum com ultra-democrata de Ohio e ex-candidato presidencial Dennis Kucinich? A mesma coisa Russell Simmons, Erykah Badu e Joaquin Phoenix tem em comum com Cesar Chavez, Pitágoras e Leonardo da Vinci. Além de conquistar os corações e mentes de gerações, todos são vegans. Por não usar peles, couro, lã, seda e nem consumir leite, queijo, ovos, mel e carne de qualquer animal terrestre ou marinho, eles tomaram uma decisão compassiva e direta para salvar as vidas de milhares de animais.

Quando me tornei vegan em 24 de julho de 1996, e finalmente entendi que os animais tinham o direito inerente de ser livres e viver completamente sem restrições pela dominação humana, eu me perguntava por que demorou mais de 25 anos para atingir este despertar para uma cultura não-violenta.

Comecei a perguntar: "Quem me ensinou que os animais foram colocados na Terra para alimentar? Quem me ensinou a ver animais com desrespeito e visualizá-los como simples mercadorias? Quem roubou minha compaixão, minha empatia e minha consciência? Quem mentiu para mim? Quem incutiu essa mentalidade vicioso de que os humanos precisam  explorar animais como procedimento operacional padrão? "

Ao longo dos anos, como eu dei cerca de 2.300 palestras em 176 faculdades, escolas secundárias e escolas secundárias, perguntei a dezenas de milhares de comedores de carne questões semelhantes."Quem lhe disse para comer os cadáveres de animais mutilados e reduzir o seu corpo para um cemitério a pé? Quem roubou sua compaixão, sua empatia e sua consciência? Quem mentiu para você? Por que você abraça a violência sem sentido, e em seguida, faz racionalizações inane sobre o sofrimento de criaturas inocentes? "

Se cada carnívoro usasse a lógica e a compaixão reavaliando suas crenças, eles iriam entender porque o veganismo é a única forma ética e aceitável para viver neste planeta.

Isaac Bashevis Singer, o humanitário compassivo judeu que escapou da Polônia ocupada pelos nazistas, uma vez condenou cada comedor de carne, afirmando: "O que eles sabem? - Todos esses estudiosos, todos esses filósofos, todos os líderes do mundo - que eles se convenceram de que homem, o pior transgressor de todas as espécies, é a coroa da criação? Todas as outras criaturas foram criadas apenas para prestar-lhe alimentos, peles, para ser atormentado, exterminados em relação a eles [os animais], todas as pessoas são nazistas;.. para os animais é uma Treblinka eterna. "

Acusação de Singer é, provavelmente, a declaração mais contundente sobre a humanidade.Estabelece o fato de que a violência é a violência e o assassinato é assassinato, mesmo que as vítimas tenham bicos, chifres, guelras, penas ou pelos.

A atrocidade mundial de comer animais mata mais seres inocentes em um ano do que todas as atrocidades humanas ao longo dos últimos 5.000 anos juntos! Isso faz do veganismo o aspecto mais importante dos direitos dos animais, pois quase todo os animal que é abusado e morto neste planeta é abusado e morto pelas indústrias de laticínios, carne e ovo, apesar do fato de que ninguém em algum dia ou idade tenham necessidades reais de queijo, carne , leite e ovos para sobreviver. A única exceção seriam as pessoas que residem em ambientes gelados ou configurações do deserto. Mas comer animais para a sobrevivência pura é rara, com apenas cerca de 1 por cento da população da Terra que está sendo capaz de usar essa desculpa. Tenha em mente que esta é apenas uma desculpa válida e não uma justificativa.Eu entendo porque eles fazem isso. Eu não faria isso sob quaisquer circunstâncias, mas eu entendo seus motivos. Todo mundo neste planeta come animais e as coisas que saem de animais por quatro motivos: hábito, conveniência, sabor e tradição. Com a adição do lucro, são motivos  inválidos,  desnecessários e bárbaros com a intenção de prejudicar os animais.

Comer carne é também a principal causa da fome no mundo. Na América, nós produzimos cerca de 70 por cento do nosso milho, trigo, aveia e soja para bilhões de animais de criação em vez de dá-los a pessoas morrendo de fome! A cada dois segundos, alguém neste planeta morre de desnutrição, enquanto porcos e vacas engordam. Consequentemente, os carnívoros são anti-humanos, porque a alimentação de milhões de animais em vez de milhões de crianças com fome é uma forma indireta de genocídio.

Em todo o mundo, cerca de 60 bilhões de animais terrestres [10 bilhões nos EUA] e 90 bilhões de animais marinhos [18 bilhões no EUA] estão sendo mortos e comidos a cada ano em um Holocausto monumental a cargo de arrogância, ignorância e racismo. Os seres humanos tem a ideia de querer escravizar e matar todas as outras espécies com a impunidade que lhe confere seu "topo" na cadeia alimentar. O especismo é a "forma mais pura do racismo", porque ele mata os seres mais inocentes que qualquer forma de humano para humano racismo.

É por isso que os veganos são os extremos humanitários. Nós indiscriminadamente tentamos buscar a justiça para todos, fazendo aos outros o que tfaríamos para nós mesmos [A REGRA DE OURO].

Como um vegano ético, é lógico que, para mim, anunciar que matadouro agradável é um matadouro vazio. Esta afirmação, no entanto, é freqüentemente desafiada por desinformados, indivíduos egocêntricos que acreditam que a misericórdia e a bondade são exclusivos para os seres humanos. Mas, para negar o direito inerente de cada animal para voar, nadar e correr livremente é cruel e desonesta. Se fosse dada a opção, nenhum animal escolheria a dor ou a morte.

Para entender o movimento compassivo dos direitos dos animais, a empatia deve ser usada para examinar a questão do ponto dos animais de vista. Este não é um conceito radical. Abolicionistas olharam através dos olhos da escravidão de negros subjugados, assim como as Forças Aliadas olharam para o nazismo através dos olhos de judeus e outros não-arianos que Hitler rotulou como raças indignas e dispensáveis. 

Na tentativa de contaminar o movimento pelos direitos animais, comedores de carne frequentemente proclamam que Hitler praticava o vegetarianismo. No entanto, biógrafos e Albert Speer, Robert Payne atestaram o amor de Hitler por bolinhos de fígado, recheados com pombo, presunto e salsicha. O Chef alemão Dione Lucas escreveu sobre carnivorismo de Hitler em seu livro de receitas Gourmet Escola de Culinária, publicado em 1964. Rynn Berry Hitler: "Nem vegetariano, nem amante de animais" descreve Goebbels, o ministro da propaganda do Terceiro Reich; Hitler tentou se vender como um vegetariano para fazê-lo parecer tão pacífico quanto Gandhi. 

Em seu livro Dominion , Matthew Scully explica que as pessoas têm que escolher entre ser radicalmente boa ou radicalmente cruel. Isto ilumina a hipocrisia do movimento bem-estar comer carne animal, que visa regulamentar a escravidão e o assassinato de milhares de milhões de animais por meio do "abate humanitário". Por definição, por si só, o abate é radicalmente cruel e jamais poderá ser humano. Se vacas, porcos, galinhas e perus entrarem em matadouros vivos e sairem picados em centenas de pedaços, como alguém poderia afirmar que os animais não são maltratados, abusados, torturados, aterrorizados e barbaramente assassinados nesses lugares? Como no mundo poderia haver o ABATE DE BILHÕES DE INOCENTES feito com humanidade, amor e preocupação? Além disso, o abate dos animais através de algum estúpido "abate humanitário" não exonera assassinos do assassinato de qualquer maneira. Não há tal coisa como abate humanitário, como não há tal coisa como estupro humano, a escravidão humana ou molestamento de crianças humanas. Comprar carne, leite ou ovos de fazendas não-orgânicos, familiares, ou pequenos produtores não isenta o consumidor de cumplicidade também. Do ponto de vista do animal, o assassinos e os consumidores são os mesmos. E, se por alguma razão, as minhas palavras citadas não são provas suficientes das alegações de tortura, abuso e terrorismo que eu já presenciei nas indústrias de ovos, carne e laticínios, talvez os bilhões de mortos e desmembrados corpos animais poderiam contar como prova. Talvez o McDonalds, Burger King, Wendy, Arby, Taco Bell, KFC, Denny Outback, e churrascarias Longhorn, Rose Fazendas Acre (ovos), Smithfield, ConAgra, Perdue e Tyson poderia ser a prova, também. (...)  é a prova de como mostra animais sendo escravizados, maltratados e mortos, a maior parte do tempo resistindo ao desmembramento nos matadouros, plenamente conscientes.

Felizmente, reprogramar as formas superficiais de comedores de carne é possível. Minha turnê de palestras converte milhares de pessoas para o veganismo, enquanto milhares de  pessoas reduzem significativamente o seu consumo de carne, leite, queijos e ovos. Redução e abolição são as únicas opções para acabar com este massacre. Normas de bem-estar são um selo de aprovação para a carnificina não continuar aumentando, porque formas compassivas de escravizar e matar milhares de milhões de animais não existem.

É por isso que eu não sou um fã da legislação. Lutando por gaiolas maiores ou "melhor" tratamento de animais é contraditório e ridículo. Isso nunca vai levar a gaiolas vazias. Ao analisar os movimentos de libertação humana, você notará que Malcolm X e Martin Luther King não lutaram pela "melhor" tratamento dos negros através de políticas de segregação melhoradas. Eles queriam abolir a segregação. Eles lutaram por igualdade e liberdade. Cesar Chavez lutou para isso, também. A mesma coisa ocorreu quando Gandhi libertou a Índia do domínio britânico. A aprovação de leis de bem-estar aos animais - que não serão aplicadas de qualquer maneira - não existem sem explicar a maldade de comer carne que vem por trás disto.

Nos Estados Unidos, cada comedor de carne é responsável pela morte de 3.000 animais da terra e milhares de outros animais marinhos ao longo da sua vida. Comer carne, no entanto, não é um comportamento instintivo. É aprenas tradição. Afirmações científicas do corpo humano ser onívoro ou carnívoro são errôneas e ilógicas. Se alguém colocar uma criança de dois anos em um berço com um coelhinho e uma maçã, a criança vai brincar com o coelho e comer a maçã, uma reação típica de herbívoros. As pessoas acostumam-se com o sabor da carne, sangue, veias, músculos, tendões, secreções de vacas (leite), mentruação de galinha [ovos] e vômito de abelha [mel]."

Seja vegano: pelos animais, por você, pelo planeta!

Feliz dia das mães a todas as mães!

Morrer assim ou assado. Que diferença faz?

Por  Aleluia Heringer - Via ANDA

Logo cedo, indo para o trabalho, ouço no rádio do carro mais uma daquelas notícias que compõem a rotina do trânsito dos grandes centros urbanos: um caminhão de “carga” se envolve em uma batida e tomba na Rodovia Anchieta – SP. Três pessoas ficam levemente feridas. Até esse ponto, a notícia nada difere de tantas outras, não fosse o detalhe de o caminhão está transportando uma “carga de porcos”.

O radialista descreveu a cena como algo bizarro e grotesco. Como o acidente aconteceu no início da madrugada, foi possível conter alguns porcos que conseguiram se reerguer e tentavam apavoradamente fugir daquela situação. Outros tantos ficaram caídos ou ainda, tontos, cambaleavam. Os animais, aproximadamente trinta, ficaram na rodovia até que outro veículo os removeu.

Obviamente, realizar essa “operação resgate” não foi tão simples assim. Vejamos. Laçar e reconduzir algumas dezenas de porcos pesados e apavorados, não é fácil. Quem pôde acessar a reportagem, disponível em http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/caminhao-carregado-com-porcos-tomba-na-anchieta-20120427.html, assistiu o motorista chutando os porcos e os animais sendo jogados de volta a uma carroceria. Machucados e atordoados, não importa, naquela hora os porcos deveriam estar em pé, convenientemente acondicionados para retomarem a “viagem”. Triste cena!

Comentando o ocorrido, no bate papo informal próprio das rádios, alguém despertou a costumeira compaixão: Coitados!  Eles sobreviveram? Pensei, então, comigo: que diferença faz morrer ali ou no abatedouro, horas mais tarde?

Outra bizarrice dessa história é o que informa Carl Honoré (2011:71): “dois séculos atrás, um porco levava, em média, cinco anos para alcançar 60 quilogramas; hoje, chega a mais de 100 quilogramas, passados apenas seis meses, e é abatido antes mesmo de perder a dentição de leite”.

Nestas condições melhor mesmo teria sido morrer naquele acidente, abreviando o cruel e estressante processo – confinamento, transporte e abate – até chegar aos  pratos, assépticos e apetitosos. O pior dessa inútil história é que eles não merecem e nós não precisamos.

Como assassinar 15 mil frangos em 15 minutos

Esta foto foi tirada aqui, em Santa Catarina, e representa mais uma novíssima invenção do sistema de exploração animal. Em 15 minutos, usando apenas espuma (aquela usada pra lavar carros), 15.000 aves são mortas por asfixia. Engenheiros, agrônomos e empresários assistem animados o sucesso da mais nova técnica.

Isso não é normal! Isso não é saudável! Isso não é natural!

Sem dúvida nenhuma, uma das faces mais perversas e doentias do sistema capitalista moderno é a (moderna) pecuária. Não somos mais uma espécie de caçadores. Não somos índios que entram na mata, caçam um macaco (livre) e depois comem sua carne: isso é um comportamento natural. Matar 15.000 aves em 15 minutos é um comportamento doentio. Tentar alimentar 7 bilhões de animais humanos com a morte anual de 70 bilhões de animais não-humanos (apenas considerando os animais terrestres) é um comportamento estúpido, doentio e insustentável. É uma das mais graves evidências da nossa atual crise.

Estamos numa profunda crise! Vivemos (sem nem sempre perceber completamente) num contínuo estado de violência, guerra e destruição. Quem mata 15.000 vezes em 15 minutos, e considera isso um avanço, jamais conseguirá encontrar paz e felicidade. Se nossa inteligência está nos tornando apenas mais ferozes, mais mortais, mais sanguinolentos; então muita pouca esperança podemos ter.

Quando me perguntam porque sou vegana, e começo a explicar, muitos me olham como se eu fosse um alienígena. Mas, neste caso, posso afirmar, veementemente, que ser vegana é dizer: eu não quero ser uma espécie que mata 15.000 vezes em 15 minutos; eu quero fazer o bem 15.000 vezes em 15 minutos. Eu quero fazer o bem para 15.000 pessoas, bichos e plantas em 15 minutos – e não destruí-los.

Progredir é se tornar mais feliz e aumentar o grau de felicidade no mundo. Criar bombas, máquinas de guerra e máquinas de extermínio em massa é regresso, é infelicidade, é estupidez. Observe com mais clareza e sinceridade seus próprios comportamentos.

Você pede paz, justiça, honestidade. Clama por igualdade, pelo fim da violência e da exploração, mas será mesmo que você está agindo assim? Matar, escravizar, testar medicamentos, torturar e explorar de todas as formas possíveis os outros, apenas porque eles não são iguais a você? Apenas porque eles são mais fracos do que você?

Isso é massacre. Isso é guerra. Isso é apenas infelicidade se multiplicando 15.000 vezes a cada 15 minutos. E isso precisa ter fim.

Via Vegetarianos Pensam Melhor